COPARTICIPAÇÃO, PAF E LIMACA SÃO TEMAS QUE MERECEM ATENÇÃO DA CASSI

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Veja como foi a reunião, desta quarta-feira, 24/2, entre entidades da Mesa de Negociação e a Diretoria da Caixa de Assistência

A CONTEC participou da reunião para prestação de contas e esclarecimento de temas que interessam aos associados realizada na manhã desta quarta-feira, 24 de fevereiro, entre as entidades que integram a Mesa de Negociação e a Diretoria da Cassi.
A realização dessas reuniões decorre de um compromisso que foi assumido perante as entidades representativas de funcionários da ativa e aposentados do BB junto aos associados, desde as negociações da proposta de sustentabilidade da Cassi. Além de ser uma oportunidade para acompanhar a evolução financeira da Cassi, os encontros permitem que as entidades busquem respostas aos questionamentos dos associados sobre temas como coparticipação, assistência farmacêutica, Atenção Integral à Saúde e a situação dos funcionários dos bancos incorporados.
Representando a Cassi, estiveram o presidente, Dênis Corrêa, e os diretores Ana Cristina Rosa, Carlos Flesch e Luiz Satoru – os dois últimos eleitos pelos associados.

COPARTICIPAÇÃO
Os integrantes da Mesa de Negociação questionaram o fato da Diretoria da Cassi não ter se manifestado objetivamente sobre o tema “coparticipação” e cobraram uma definição sobre a redução da coparticipação aos patamares de 2018, objeto de promessa da Direção da CASSI por ocasião da votação da última alteração estatutária.
Os representantes do funcionalismo destacam que a Direção da CASSI não está cumprindo a promessa de redução feita, que foi repassada verbalmente para os associados.
Nos percentuais atualmente praticados, a coparticipação onera excessivamente os associados. Como esse ônus é exclusivo dos associados e não atinge o patrocinador, as entidades reivindicaram que, se a situação permanecer sem discussão, para equilíbrio das contribuições é necessário que o Banco do Brasil compartilhe a responsabilidade.

ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
As entidades destacaram também que aguardam posicionamento sobre a revisão da Lista de Materiais e Medicamentos Abonáveis da Cassi (LIMACA), já que muitas patologias severas e recorrentes foram excluídas do programa e a lista de materiais e medicamentos abonáveis teve redução da ordem de 70%.
As entidades cobram a revisão da Limaca, já que a decisão de reduzir o fornecimento de medicamentos aconteceu no início de 2020, logo após as negociações com as entidades sobre a proposta de sustentabilidade.
A Cassi informou que não realizou a revisão da Limaca, ao longo de 2020, mas que até maio próximo apresentará uma proposta para o assunto.

REEMBOLSOS PARA O PAF
As entidades relataram que os associados estão tendo dificuldades em realizar as solicitações de reembolsos para o Programa de Assistência Farmacêutica (PAF), após a alteração na sistemática de envio pela Cassi, limitando o envio dos pedidos unicamente pela via eletrônica.
Os representantes das entidades deram exemplos de colegas associados que estão deixando de solicitar o reembolso em razão das dificuldade de acesso ao sistema. Tal fato gera preocupação, pois acarreta impossibilidade financeira de compra de remédios, trazendo impactos negativos para a saúde dos associados e para a Cassi.
A Cassi reconheceu que está com problemas no sistema de reembolso e constituiu um grupo de trabalho para identificar as dificuldades que os associados estão tendo e promover melhorias no sistema.
A sugestão das entidades foi que, enquanto a Cassi estiver trabalhando para facilitar o sistema, seja admitido o envio dos pedidos de reembolsos pelos Correios, na modalidade papel. A Diretoria da Caixa de Assistência informou que vai analisar o pleito.
Restou acordado entre as entidades e a Cassi a realização de um novo encontro, previsto para acontecer em 15 dias, no máximo, para discussão da coparticipação e para que a Diretoria apresente com clareza, tangibilidade e resultados efetivos o que tem sido feito com os recursos da coparticipação.

FUNCIONÁRIOS DOS BANCOS INCORPORADOS
As entidades apresentaram as dificuldades encontradas para definir a situação da assistência à saúde dos funcionários incorporados (BNC, BESC e BEP) e propuseram a adesão desses funcionários à Cassi, uma vez que se tornaram funcionários do BB.
As entidades defenderam que a solução também é adequada para a Cassi, por representar aumento no número de participantes do plano de associados. A Cassi declarou ter interesse na adesão dos incorporados, aguardando posicionamento do banco a esse respeito. Informou também que, assim que for notificada sobre as negociações, fará as projeções e apresentará os reflexos financeiros.

CASSI ESSENCIAL
Para combater a evasão do Plano Cassi Família e buscar novas receitas, a Cassi informou que em breve lançará um novo plano, chamado de Cassi Essencial, cuja mensalidade poderá ser entre 20 a 30% inferior ao do Cassi Família.
De acordo com a Diretoria da Caixa de Assistência, a criação de novos planos é parte da estratégia para garantir sua sustentabilidade no futuro.
Foram antecipadas algumas características do novo plano, entre elas que o público-alvo são os familiares dos associados. O plano terá abrangência nacional, mas precificação regional (as mensalidades iriam variar segundo o local de residência do participante). Terá também rede de atendimento diferente da utilizada para o plano de associados e Cassi Família. Haverá a possibilidade de cobrança de coparticipação e franquia pela utilização dos serviços. O produto já foi registrado na ANS e está aguardando o aval do BB.

RESULTADOS DA CASSI EM 2020
A Cassi fechou 2020 com resultado líquido de R$ 1,141 bilhões, se mantendo na posição de maior autogestão do País em número de beneficiários. São mais de 629 mil vidas, sendo que 386.752 estão no Plano de Associados e 243.027 no Plano Cassi Família.
Os índices de sinistralidade (76,68%) e eficiência (5,50%) fecharam em equilíbrio com os principais concorrentes do mercado. Houve evolução das reservas totais da Cassi, que hoje somam R$ 3,3 bilhões.
A taxa de administração, que entra como receita para a Cassi como parte do acordo de sustentabilidade, termina em 2021e representa R$ 153 milhões. As projeções atuais já contam com a queda de receita e os novos planos de mercado, como forma de suportar o fim da citada taxa.