Governo reduz teto de juro do consignado para aposentado e servidor

Notícias

Para servidores, percentual passará de 34,5% para 29,8% ao ano; para aposentados e pensionistas, teto cairá de 32% caiu para 28,9% ao ano.

O governo anunciou nesta quinta-feira (30) a redução do teto de juros cobrados nos empréstimos consignados para servidores públicos da União, aposentados e pensionistas.

Segundo o governo, a redução se deve à queda na taxa básica de juros nos últimos meses e permitirá a migração de dívidas mais caras para uma modalidade mais barata e “até mesmo estimular novas concessões”.

Para os servidores, o percentual máximo passará de 34,5% para 29,8% ao ano. Ao mês, o teto passa de 2,5% para 2,2%. Segundo o governo, trata-se da primeira redução desde a criação do teto em 2008.

Para aposentados e pensionistas, o teto do empréstimo consignado foi reduzido de 32% para 28,9% ao ano. Ao mês, o percentual caiu de 2,34% para 2,14%. O corte também valerá para operações realizadas pelo cartão de crédito. A taxa passa de 48,7% para 43,6% ao ano.

Nesta modalidade de crédito, as parcelas são descontadas mensalmente da folha de pagamento do trabalhador, aposentado ou pensionista.

“Considerando que, neste ano, as concessões de empréstimos consignados permaneçam no mesmo patamar de 2016, estimamos que o pagamento de juros por parte de servidores, aposentados e pensionistas nas novas operações pode ser reduzido em até R$ 3,7 bi”, estimou o Ministério da Fazenda.

Em fevereiro de 2017, o saldo total de empréstimos consignados atingiu R$ 291,4 bilhões, o que corresponde a uma alta de 5,5% em 12 meses. Do valor total contratado junto às instituições financeiras, R$ 169 bilhões foram destinados a servidores públicos e R$ 104 bilhões para aposentados e pensionistas do INSS.

É importante lembrar que o crédito consignado pode servir para uma emergência ou para reestruturar a dívida, mas é necessário sempre pesquisar as taxas. E não confundir dívida com renda.

Juros em queda

Os juros básicos da economia estão atualmente em 12,25% ao ano e a queda nas previsões de inflação do Banco Central, com um valor abaixo meta central de 4,5% para este ano, é um indicativo de que o BC pode acelerar o processo de corte.

Para o fim de 2017 e de 2018, o mercado projeta que a taxa básica de juros da economia recue para 9% e em 8,75% ao ano, respectivamente

Fonte: G1

Diretoria Executiva da CONTEC