Cortes de vagas aumentaram 87,5% na comparação com o mesmo período de 2016
A Pesquisa do Emprego Bancário de maio mostra que os bancos fecharam 8.536 postos de trabalho no primeiro quadrimestre (janeiro a abril) de 2017.
O saldo representa um aumento de 87,5% no número de cortes de vagas, na comparação com o mesmo período de 2016. O apontamento foi realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).
Os dados mostram que, de janeiro de 2016 a abril de 2017, apenas no primeiro mês os bancos contrataram mais do que demitiram. Nos outros 15 meses seguintes, o saldo de emprego foi negativo no setor. São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro foram os estados mais afetados pelos cortes.
Faixa etária
Os dados apontam, ainda, que a maior parte das demissões ocorreu com bancários acima dos 25 anos de idade e se concentra na faixa que vai dos 50 aos 64 anos, onde a redução foi de 6.132 postos de trabalho.
Desmonte da Caixa
Os dados segmentados por tipo de instituição apontam que a maior responsável pelo saldo negativo é a Caixa Econômica Federal. No período, o banco federal contratou 120 pessoas e demitiu 4.440, um saldo negativo de 4.320 postos de trabalho.
O grande número de demissões na Caixa é resultado de um Plano de Demissões Voluntárias Extraordinário (PDVE) lançado pela direção do banco no início de 2017, nas vésperas de o banco iniciar o atendimento dos trabalhadores interessados em efetuar o saque das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
O levantamento do Dieese traz ainda informações sobre o motivo das demissões e as diferenças de remuneração entre homens e mulheres.
Fonte: DIEESE
Diretoria Executiva da CONTEC